sábado, 15 de setembro de 2012

DEGU



História
Os Degus têm a sua origem nos Andes, Montanhas do Chile. Foram descobertos no século XVIII pelos primeiros Europeus, foram considerados criaturas idênticas aos esquilos e tratados como tal pelos cientistas da época. Apesar da sua aparência lembrar a de um rato, não existe a mínima relação entre estas duas espécies, sendo antes parente próximo de chinchilas e porquinhos-da-Índia.

Comportamento
Os degus são animais gregários, vivem em grupos sociais quando em liberdade, onde escavam e trepam nas rochas para o qual estão bem equipados. Tal como os porquinhos os degus chilreiam e arrulham para comunicar, têm uma audição muito perspicaz e em contraste com muitos outros roedores estas criaturas são muito mais diurnas que nocturnas, e que se retiram para as suas tocas ao pôr-do-sol e que saem novamente ao 1º raio de sol de manhã à procura de comida. São normalmente menos activos no meio do dia tornando-se mais activos à tarde.

É um roedor muito curioso e social, tanto na interacção com outros da mesma espécie como com o Homem, e só muito recentemente (últimos 50 anos) se descobriu que os degus são uns companheiros interessantes como animais de estimação, mas pela sua natureza curiosa, docilidade e muitas vezes divertidos, fez aumentar a sua popularidade.
Cativeiro

Infelizmente os degus são muitas vezes mantidos sozinhos quando estão muito melhor em grupos ou pelo menos tendo outro degu para companhia.
Em cativeiro, estes animais devem ser mantidos aos pares, nunca sozinhos, pois são animais muito sociáveis, tanto com a sua espécie como com o ser humano. É possível manuseá-los e deixá-los andar soltos, embora devam ser sempre viagiados. Devido à apurada curiosidade que possuem e o hábito de investigar tudo o que os rodeia, os Degus correm sérios riscos de se meterem em apuros. Contudo, é importante habituá-los a si e dar-lhes alguma liberdade. Para além de muito inteligentes, os Degus são ainda muito leais ao seu dono.
Se os mantiver aos pares, tente que sejam irmãos, ou irmãs (ou seja, machos com machos, ou fêmeas com fêmeas, mas de preferência da mesma ninhada) o que evita ter de habituar os animais a Degus estranhos, bem como poderá criar brigas entre eles. Em caso de ter casais e se pretender ser criador, deve ter em atenção que os Degus são roedores e, como a maior parte destes, acasalam muito facilmente (cerca de 3 vezes por ano geralmente), o que não é saudável para as fêmeas. Estas devem ter apenas uma ninhada por ano, senão correm o risco de verem a sua esperança média de vida encurtar.

As fêmeas de degus em regra entendem-se umas com as outras sem problemas. Os problemas são mais prováveis de acontecer entre machos maduros. Machos adultos que nunca tenham crescido juntos é raro conseguirem viver juntos, e certamente nunca junto a fêmeas.
Providencie que hajam fêmeas e muito espaço e os machos tolerar-se-ão. Os problemas em regra surgem se há falta de fêmeas ou de espaço.

Sozinho, um Degu pode entrar em depressão e tornar-se hostil ou mais susceptível à doença, se não for constantemente mimado pelo dono, pelo que o melhor mesmo é ter companhia.

Ainda assim, se decidir manter um Degu sozinho, deverá gastar com ele pelo menos uma hora por dia, dando-lhe toda a atenção para evitar que possa desenvolver problemas de comportamento.
Os degus são animais muito activos e muito curiosos com tudo o que se passa à sua volta. Raramente mordem e rapidamente estabelecem um laço com o seu tratador.

Instalações
Os Degus estarão melhores se mantidos em caixas grandes de vidro cobertas com rede forte. Alguns Degus roem com tal actividade que chegam a roer as caixas de acrílico especialmente feitas para roedores e conseguem fugir.

O fundo deverá ser revestido de aparas de madeira as quais não devem ter pó. Os degus gostam de trepar, como tal deverão providenciar-se ramos ou outras coisas onde eles possam trepar, tente que a gaiola tenha pelo menos 40 ou 50 cm de altura. Como qualquer roedor os Degus necessitam de material para roer de forma a desgastarem os dentes que estão em contínuo crescimento. Cada gaiola deverá ter um ninho onde se possam recolher.
Quanto aos cuidados em si, o degu é um animal que necessita de algum espaço de vez em quando para se exercitar. Solte-os num espaço grande onde eles possam correr e saltar livremente. É necessário que esta área não tenha nada cabos electricos, ou outras coisas, que eles possam roer. Devem ser vigiados enquanto soltos não só para evitar acidentes mas também para deixa-los mais à vontade com a nossa presença.

Um extra que eles adoram é uma casota de madeira onde geralmente dormem. Pode também adicionar um pedacinho de madeira onde possam afiar os dentes sem estragar a casota.
Os Degus não devem estar expostos ao Sol ou receber luz solar directa. A gaiola deverá ser grande e ter espaço para os seus saltos e brincadeiras. Evite agarrá-lo pela traseira ou pela cauda. Se habituados com humanos desde cedo, aprendem a vir ter com a nossa mão, mesmo quando fazem exercício fora da gaiola.

Alimentação
Existem no mercado rações próprias para degus, devendo ser rigorosa a sua alimentação, não se devem dar frutas nem vegetais pois poderão desenvolver diabetes, poderá dar-se feno que eles usarão para comer e fazer o ninho.
Se quiser mimar o seu animal, pode oferecer-lhe esporadicamente um amendoim, mas tenha cuidado com a gordura. Pode mais frequentemente dar um pedacinho de maçã, que apesar da glicose (açúcar) que contém, é normalmente digerido por estar fresco, não causando assim qualquer problema ao animal.

Devem ter sempre água fresca à disposição, tendo em atenção que se o recipiente que se coloca dentro da gaiola for em plástico será de imediato roído.
Reprodução
As fêmeas ficam sexualmente activas a partir dos 3 meses de idade sendo só aconselhável o acasalamento a partir dos 5 meses.
O macho pode ser deixado com a fêmea depois de coberta não havendo necessidade de os separar depois dos bebés nascerem. A gravidez dura cerca de 90 dias. A média de crias por ninhada pode variar entre 1 e 7. As crias nascem completamente formadas, com pelo, olhos abertos e começam a correr de imediato à volta da gaiola. Às duas semanas começam a comer a comida dos pais, mas continuam a necessitar do leite da mãe. É aconselhável mantê-las com a mãe até às 8 semanas.
Higiene
Quanto a banhos, nunca molhe o seu Degu. Tal como se faz para as chinchilas, dê areia aos Degus para que eles se possam "lavar". 
Cuidados Especiais

Devido ao elevado grau de inteligência destes animais, os Degus, aprendem facilmente a abrir as portas da gaiola através da observação dos donos. Portanto, deve-se utilizar um arame ou fio que eles não sejam capazes de roer para melhor fechar as portas.
É um animal curioso e que gosta de mimos, podendo ficar com ciúmes quando aparece um novo animal de estimação na casa, pelo que se deve continuar a prestar o mesmo carinho.

Outros
As características do corpo assemalham-se a um gerbo, mas o focinho tem mais a ver com uma Chinchila. Os dentes são laranja e esta cor indica que o animal é saudável.

Para distinguir entre macho e fêmea, o melhor é observar a distância entre a uretra e o ânus; se for pequena, é uma fêmea, se esta distância for maior então estamos na presença de um macho.
A sua esperança média de vida varia entre 8 e 13 anos e em adulto mede cerca de 20 cm.

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